Há
anos, a qualidade do ensino de matemática no Brasil é algo preocupante e a situação
foi comprovada em um estudo do Programa Internacional de Avaliação de
Estudantes (PISA) em 2015. Em matemática, os dados mostram que sete em cada dez
alunos brasileiros, com idade entre 15 e 16 anos, estão abaixo do nível básico
de conhecimento.
Mesmo
antes do levantamento do PISA ser divulgado, há três anos, o coordenador
pedagógico do Colégio Crescer, Anderson Gama, já havia detectado o problema.
“Além da repulsa com a aprendizagem dos números, natural em muitas pessoas, as
operações matemáticas, da forma como são apresentadas, são aprendidas mecanicamente
sem ter real domínio sobre o tema. Diante dessa constatação, o Colégio
implementou algumas ações para conseguir melhores resultados entre os alunos e
a primeira medida foi criar uma sala especial para matemática, dinâmica e
divertida para tornar a aula atrativa e quebrar o estigma de que matemática é
algo chato e desestimulante”, analisa Anderson.
Além
do visual, o Colégio investiu na formação dos profissionais para que também
tenham o domínio ampliado e possam ministrar aulas estimulando o raciocínio
matemático e não apenas reproduzindo o conteúdo, com práticas eficientes de
ensino. “Nosso objetivo é instrumentalizar a matemática introduzido situações
desde cedo para estimular no aluno o pensamento ativo, dessa forma a mente estará
preparada para o ensino dos números e o aprendizado não será mecânico, será
compreendido”, enfatiza o coordenador.
Nesses
anos de trabalho, a escola já colhe resultados, e um deles, é a adesão dos
alunos às aulas de matemática, detectada em uma pesquisa feita todo final de
ano pelos professores. Eles perguntam aos alunos do ensino médio qual aula mais
gostaram ao longo do ano e gostariam de repetir e o resultado dos últimos dois levantamentos
foram as aulas de matemática. Os pais também deram feedback positivo porque
perceberam que os filhos estão mais interessados em matemática. “Nós detectamos
essa melhora nas avaliações do Enem dos últimos anos e também em sala de aula,
quando fazemos o nivelamento da sala no início do ano letivo percebemos que os
alunos estão muito bem preparados para nova etapa e praticamente não há necessidade
de rever conteúdos já ensinados, ou seja, o aprendizado foi eficiente”, conclui
Gama.